Sociedade das Almas Perdidas

Ultimamente não se vê por aí seres humanos; o que encontramos nas vastas terras são os profanos, habitantes das alturas de ferro, e fantoches, trancados nos quartos escuros por trás das cortinas que não querem remover. O que resta, então, são os hereges, as almas perdidas, rondando nos exterior das torres, em derredor do imenso campo enevoado. Onde estão as fronteiras? Onde está o limite? Quando se chega ao além, ao incognoscível?

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Local: Belém, Pará, Brazil

terça-feira, janeiro 24, 2006

trecho de "As Terras do Além"

Uhm, na falta do que postar, vai esse trechinho porque acho divertido, e pronto, já que tem a minha caricatura nele u.u
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O quarto não era tão grande quanto Simut pensara diante da visão externa do prédio: Era um cômodo médio, com a porta em um dos cantos, o beliche encostado à parede à sua esquerda, um guarda-roupa mais ao fundo, ladeando a janela, no fundo e à direita uma outra porta que conduzia ao banheiro, e no centro uma mesa cheia de materiais diversos.
- Já que sua bagagem é pequena, pode deixar ali no canto- disse Nigihayami entrando no quarto.- E quanto a esta, ah, espada... talvez ficasse bom se pendurássemos ali na parede.
- Não é um ornamento- falou Simut com frieza, fechando a porta atrás de si.- A propósito, qual é o seu nome, mesmo? Creio que esqueci...
- Sou o Nigihayami Matsumoto, mas não sem motivo os amigos (se é que tenho algum) e os preguiçosos (se é que não sou um) me chamam simplesmente de Haya para evitar aquele polissílabo incômodo; e você é o Simut. Eu poderia esquecer o seu rosto, mas não consigo esquecer nomes estrangeiros divertidos. Só me falta descobrir como se escreve... Quer anotar ali?
- Não.

domingo, janeiro 01, 2006

"Árvore de Natal na Casa do Cristo"

Meio tardio para o tempo de Natal, mas tudo bem, um poema não muito bom para início de ano, tampouco; mas creio, é o menos pior no momento^^
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Disse Jesus: “Vinde a mim, criancinhas!”
Pensei ser uma delas, e pensei
Que as Bem-aventuranças eram minhas;
Glórias além do que imagina um rei.

Virou-me as costas o Cristo e, seguindo
Adiante a trilha do eterno Jardim,
Em direção até o Além, o infindo
Céu, não percebeu nem sinal de mim.

Deixei pegadas na neve fundida,
Deixei finas pegadas em águas rasas;
Acenei uma qualquer despedida
Aos Anjos sem auréolas e sem asas.