Sociedade das Almas Perdidas

Ultimamente não se vê por aí seres humanos; o que encontramos nas vastas terras são os profanos, habitantes das alturas de ferro, e fantoches, trancados nos quartos escuros por trás das cortinas que não querem remover. O que resta, então, são os hereges, as almas perdidas, rondando nos exterior das torres, em derredor do imenso campo enevoado. Onde estão as fronteiras? Onde está o limite? Quando se chega ao além, ao incognoscível?

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Local: Belém, Pará, Brazil

domingo, dezembro 25, 2005

Luz das Ruínas

Com a Lâmpada do mundo ele desceu
A um abismo de cordas de infinita
Gravidade, que aos seus ícones grita,
Como grita a seus deuses um ateu.

Passam despedaçados entre o breu
Os fragmentos que a Lâmpada maldita
De luz atroz emana, enquanto fita
Aquilo que em ruínas feneceu.

O tropel impressionista se ergueu,
E o viajante, julgando que era seu,
Levou consigo o Caos, o Sonho e a Vida.

Lá embaixo, nas profundezas de lava,
Para mais profundezas ele cava
Ainda, com sua Lâmpada falida.