Sociedade das Almas Perdidas

Ultimamente não se vê por aí seres humanos; o que encontramos nas vastas terras são os profanos, habitantes das alturas de ferro, e fantoches, trancados nos quartos escuros por trás das cortinas que não querem remover. O que resta, então, são os hereges, as almas perdidas, rondando nos exterior das torres, em derredor do imenso campo enevoado. Onde estão as fronteiras? Onde está o limite? Quando se chega ao além, ao incognoscível?

Minha foto
Nome:
Local: Belém, Pará, Brazil

quinta-feira, maio 14, 2009

Finais Alternativos de Credopúsculo

Pois é, como o final da série “Crepúsculo” é demasiado sem graça e previsível (tanto que até eu que larguei na metade do primeiro volume sei como termina.-.), pareceu apropriado eu sugerir os meus finais alternativos. Bom, meus não, de alguns autores conhecidos. Vejamos como eles terminariam a história.
---


J.R.R. Tolkien: Edward é morto por Jacob (que antes fez o favor de lhe comer a mão), ressuscita, renuncia a sua imortalidade e passa o resto da vida escondido com Bella, até passarem para além dos círculos deste Mundo.


Shakespeare: Pensando que Edward morreu, Bella se suicida. Ao descobrir o acontecimento, ele consegue se matar mesmo.


James Joyce: Um monólogo de Bella com 100 páginas de extensão, porém menos de um minuto de cronologia, sem nenhuma pontuação e cheio de passagens pornográficas, porque o marido lhe pediu café na cama antes de dormir. O Sr. Edward Cullen gostava de comer as vísceras de quadrúpedes e aves, mas não de humanos, pois era um vampiro vegetariano.


Gabriel García Marquez: Muitos anos depois, em seu leito de morte, Bella se lembraria daquele dia distante em que seu pai a levou para conhecer aquela cidade bizarra cheia de gente que brilha.


Homero: Depois de enfrentar os mares, monstros gigantes e o próprio Hades, Edward consegue voltar para casa e descobre que durante todos esses anos Bella o esperou, casta e fiando pacientemente. (Segundo Heródoto isso é tudo mitologia, e na realidade ela pulou a cerca com Jacob e mais uma dúzia de lobisomens.)


Dante Alighieri: Edward atravessa o inferno e o purgatório até chegar no paraíso, onde é guiado por Bella. Porém, enquanto ele platonicamente só pensa que l’amor muove Il sole e l'altre stelle, ela tem segundas intenções não muito aceitas lá em cima. Em vez de versos, tudo isso narrado em prosa e em 1° pessoa, de forma muito mais piegas e melodramática.


Philip Pullman: Edward e Bella não podem ficar juntos, porque... bom, porque o autor não quer, e fez a existência do universo depender de os dois ficarem separados, e ponto final. Que azar.


Machado de Assis: Edward e Bella levam uma vida leviana e burguesa, até ele perceber que o filho é a cara do Jacob. Edward vai viver na Europa e séculos depois, para espantar o tédio, resolve escrever uma autobiografia sobre os chifres.


F. Scott Fitzgerald: Enquanto o casamento vai de mal a pior, Edward fica cada vez mais entediado do luxo e do hedonismo. Bella começa a perder a sanidade mental porque aquela vida não é a imagem de perfeição que esperava, e o abandona. Com o fim dessa vida, ele fica fadado a passar o resto de seus infinitos dias no ensino médio, agora sem orgulho, e sem brilho (e sem trocadilho também).


Franz Kafka: Alguém certamente calunia Edward C. (provavelmente dizendo que ele é gay), pois certa manhã é detido sem ter feito mal algum. E já que em seus cento e tantos anos de idade nunca se preocupou em estudar Direito, é barrado na porta da Justiça. Um dia, dois funcionários de nomes Blade e Van Helsing vêm lhe encravar uma estaca no coração, cumprindo a inexorável sentença da qual não cabe recurso. Como um cão.


Oscar Wilde: Descobre-se que Edward não é vampiro coisa nenhuma, apenas tem um retrato bastante útil que envelhece no lugar dele. Ao saber a terrível verdade, Bella se suicida. Para ela, a beleza não é tudo mas é o que importa. Além do mais, desta vez Edward é gay mesmo.


Dostoiévski: Bella abandona Edward no altar para fugir com um milionário devasso e viciado em jogos de azar, e acaba sendo morta por ele. Quanto a Edward, apesar de humilhado e ofendido, percebe que um instante de felicidade verdadeira pode iluminar toda uma vida— mesmo que a tal vida dure vários séculos. Mas, não obstante, Bella sempre acreditou que a beleza salvará o mundo: é por isso que nunca soube falar de outra coisa.


José Saramago: Não se augure nada de bom da vida de um vampiro, ausentes que são dos arquivos do cartório da velha átropos, pois facto é que, quando bella swan disse a edward, Morde-me e nunca morrerei, pedido esse que para o vampiro era um fenómeno absurdo, edward respondeu-lhe de modo lacónico, Antes a morte que tal sorte.


J.K. Rowling: Quase todo mundo morre em uma sangrenta batalha travada na high school. Os sobreviventes ficam felizes para sempre como funcionários públicos. A paz é tanta que passam o tempo fazendo filhos— e mais importante, inventando nomes terrivelmente ridículos para todos eles.

10 Comentários:

Blogger Raul :~ disse...

SAHSUHAUISHAUIH Melhor que o original. rs

4:29 PM  
Blogger Renan Monteiro Alvarenga disse...

Ainda não li o final, mas esses são interessantes, parece que já vi esses finais, em alguns filmes.

até e tudo. [/Sphynx]

4:52 PM  
Blogger Relaxaa ...! disse...

Haja criatividade!!!!
Putz meu, muito bom, Kat!

5:45 PM  
Anonymous Anônimo disse...

HAHAHAHA
Cara, até o chato do James Joyce faz um final melhor!

8:02 PM  
Blogger Unknown disse...

Morrendo de rir mesmo sem ter lido uma página que seja do livro (vale o filme? =D)!

Mas pq não postou lá na tua cmm?
Hunf! Hunf!

3:38 PM  
Blogger Nikki... disse...

Cara amei, o final original é um lixo previsível e politicamente correto, o que significa: tedioso. Queria que a Mayer tivesse sua capacidade de escrever, a historia seria bem mais interessante. (adoro quando acho algum que percebe que um cara dito lindo e o caralho a quatro que fica virgem por mais de um seculo por opção é demasiadamente gay.)

12:08 PM  
Anonymous Daniel disse...

Eu ri muito com os de Tolkien, Joyce, Homero, Machado de Assis e Rowling!

Muito bom, tomara que a Stephenie um dia tome coragem e leia as obras desses autores pra se inspirar melhor.

8:52 PM  
Blogger Ron disse...

ahsuhasuhasuhuashas
adorei!
o do pullman é o melhor, e o machado?
poaskopsakksaosakpasok

9:16 PM  
Blogger Débora disse...

Huahsuhaushuahsuahhua

Imaginando como seria o de José de Alencar...

3:39 PM  
Blogger fmachs disse...

Eu vou dar a minha contribuição.

Arthur Conan Doyle: Bella contrata Sherlock Holmes para investigar o que o Edward faz nas horas
em que ela dorme ( e nas horas em que ele nunca dorme ). Sherlock descobre que Edward,
na verdade, é o tal do vampiro negão que aparece no primeiro filme. Com muita maquiagem
e um talento teatral de 500 anos, Edward consegue enganar Bella, toda sua família e
inclusive a audiência inteira.



Anne Rice: Edward leva Bella para o hotel luxuosérrimo que o vampiro russo de mil anos com
cara de "anjo de Botticelli", a.k.a Armand ( Amadeus para os íntimos ) construiu e
administra para os vampiros centenários, milenários e milionários que usam veludo e seda
para ir a Opera, religiosamente, todas as quintas.
No hotel, Edward e Bella são seduzidos pelos poderes inimagináveis das gêmeas bruxas de
cinco mil anos para um "Ménage à trois" ( na verdade, "Ménage à quatre" ) com direito a
dentes afiadíssimos para carícias eróticas em zonas pubianas.



Ken Follet: Edward e Bella resolvem reformar a igreja que eles destruiram quando Edward
a salvou, no primeiro filme, do vampiro loiro, feio e bobo. E eles enfrentam, a duras penas,
todos os embargos do prefeito local, do xerife, do bispo da diocese que odeia o padre que
administra a igreja e até do Rei, se houver um. A obra que era pra durar 2 semanas demora
40 anos pra ser concluida e é dividida em dois volumes de 500 páginas cada.


Por favor: sem referências à minha falta de habilidade gramatical ¬¬

12:18 AM  

Postar um comentário

<< Voltar