Sociedade das Almas Perdidas

Ultimamente não se vê por aí seres humanos; o que encontramos nas vastas terras são os profanos, habitantes das alturas de ferro, e fantoches, trancados nos quartos escuros por trás das cortinas que não querem remover. O que resta, então, são os hereges, as almas perdidas, rondando nos exterior das torres, em derredor do imenso campo enevoado. Onde estão as fronteiras? Onde está o limite? Quando se chega ao além, ao incognoscível?

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Local: Belém, Pará, Brazil

quinta-feira, agosto 18, 2005

Soneto de Insubordinação.

Dedicado ao Senhor Vosso Deus

(... o VOSSO, como já dizia o monsenhor Pharoux)


Não te chamo Senhor, tampouco Deus,
Até que eucompartilhe as glórias tuas.
Não quero apenas uma só, nem duas:
Quero que os cosmos todos sejam meus!

Comigo não haverá mais ateus!
Proclamarão qualquer fé pelas ruas,
E erguendo as vozes, com palavras cruas,
Dirão: Adeus, divindades! Adeus!

Não é vingança e nem justiça-- É fato!
Por que pesmitiste que fosse inato
O infinito desejo de vitória?

Assim deste armas ao teu próprio imigo.
Baixando os olhos, caminho contigo
Em direção, talvez, à sina inglória.